sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Amazônia registra menor área desmatada em 21 anos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anuncia, junto ao ministro de Meio Ambiente, Carlos Minc, que a Amazônia registrou o menor desmatamento em 21 anos, uma queda de cerca de 45 por cento em um ano, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
REUTERS/Roberto Jayme

Amazônia registra menor área desmatada em 21 anos
quinta-feira, 12 de novembro de 2009 20:48


BRASÍLIA (Reuters) - A Amazônia registrou o menor desmatamento em 21 anos, mostraram dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) anunciados nesta quinta-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.
Entre agosto de 2008 e julho deste ano foram destruídos 7.008 quilômetros quadrados de floresta, uma queda de cerca de 45 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior. O período de agosto a julho é o ano-calendário para a medição da destruição da floresta.
"Foi uma redução extraordinária, significativa para o Brasil (...) hoje nós temos consciência que a questão do clima é a questão mais séria que estamos enfrentando", disse Lula.
O desmatamento registrado no período 2008-2009 é o menor desde que o Inpe começou a divulgar números da devastação da Amazônia, em 1988. Também é a primeira vez, desde o início da medição, que a área desmatada fica abaixo dos 10 mil quilômetros quadrados.
A queda no índice do desmatamento "foi obtido muito na pancada", disse Minc referindo-se ao fechamento de diversas serrarias e ao confisco de madeira na região amazônica.
"Estamos fazendo o dever de casa", comemorou a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, também presente ao anúncio.
Dilma acrescentou que o governo concluiu provisoriamente o número da redução de emissões dos gases que provocam o efeito estufa, que levará à Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague, mas ressaltou que não se tratam de metas.
"É um compromisso voluntário do governo Lula", disse a ministra a jornalistas após o evento.
O Brasil afirmou nesta semana que irá propor uma redução das emissões em torno de 40 por cento até 2020. O anúncio oficial está marcado para a sexta-feira em São Paulo.
Minc ressaltou que o compromisso brasileiro não é apenas do governo federal, mas que a iniciativa privada terá de participar.
"Assim o Brasil vai poder mostrar para o mundo o que nós somos capazes de fazer", disse o ministro.
Ele cobrou do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, um incentivo à aprovação de projetos de gestão ambiental que tramitam no Congresso Nacional.
A conferência do clima na capital dinamarquesa acontecerá entre 7 e 18 de dezembro. Pelo menos 190 países negociarão um novo acordo, que substituirá o Protocolo de Kyoto, de 1997, para enfrentar o aquecimento global.
Entre as principais divergências estão as metas de redução das emissões de gases-estufa entre países desenvolvidos e em desenvolvimento e como levantar bilhões de dólares para ajudar os países pobres a lidar com o impacto do aquecimento global.
Para mais informações sobre o histórico do desmatamento da Amazônia clique em .
(Reportagem de Ana Paula Paiva e Natuza Nery)

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